quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
That's all, folks!
Vou ter saudades, é claro, porque o ambiente do hospital, e sobretudo as pessoas boas que encontrei, fizeram-me gostar de trabalhar lá. Vou, acima de tudo, sentir falta das pessoas que puxaram por mim, que me deram luta e me fizeram acreditar nas minhas capacidades, mas acho que essas me vão continuar a acompanhar, ainda que ao longe, e que vou encontrar mais pessoas assim. E não posso negar que vou sentir falta das urgências, onde me sinto como peixe na água.
Um novo ciclo vai começar. Que comece.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Hoje é o dia.
Quase todos os dias se aprende alguma coisa, e hoje foi o dia de aprender que gente idiota não merece consideração, à partida, e que tenho definitivamente que deixar crescer um belo e imponente par de tomates. E refinar a arte de ser cabra. Para que os J.P.G.s que encontrar possam provar o melhor parlapié de cabra do mundo.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Amazing grace
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Querida, não escolhas os miúdos
terça-feira, 15 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Espalha Factos
http://www.espalhafactos.com/
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terça-feira, 1 de novembro de 2011
Este gajo passa-se
Grécia anuncia referendo sobre novo pacote de ajuda
O primeiro-ministro grego anunciou um referendo sobre o novo pacote de ajuda à Grécia, estabelecido na semana passada pela União Europeia. George Papandreou afirmou ainda que vai pedir um voto de confiança no Parlamento, de forma a garantir o apoio à sua política durante o resto do mandato, que expira em 2013.
O chefe do governo grego anunciou, durante um discurso no parlamento, que vai referendar o novo pacote de ajuda à Grécia, estabelecido pela União Europeia na semana passada, que prevê o perdão de 50 por cento da dívida grega e que pode levar à necessidade de mais medidas de austeridade.
"Este será o referendo: O cidadão será chamado a dar um grande 'sim' ou um grande 'não' ao novo acordo de ajuda", afirmou Papandreou durante o discurso no Parlamento. "Este é o supremo ato de democracia e de patriotismo. Temos o dever de promover o papel e a responsabilidade do cidadão”, argumentou Papandreou.
Segundo o primeiro-ministro grego, o referendo será realizado daqui a algumas semanas, depois de o acordo estar finalizado. Mas Papandreou não deu mais detalhes nem adiantou nenhuma data para o escrutínio, afirmando apenas “confiar nos cidadãos, no seu julgamento e na sua decisão”. Contudo, ao abrigo da constituição da Grécia, um referendo exige a aprovação pelo parlamento antes de ser oficialmente declarado pelo presidente do país.
Uma sondagem publicada no sábado mostrava que quase 60 por cento dos gregos veem um novo pacote de ajuda como negativo ou muito negativo.
Os líderes da zona do euro acordaram na semana passada um segundo resgate à Grécia, de 130.000 milhões de euros, bem como o perdão de 50 por cento da dívida grega.
A realizar-se, este será o primeiro referendo na Grécia desde 1974, quando a monarquia foi abolida.
domingo, 30 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Sinceramente
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Celebração
"A natureza tem a solução"
Satish Kumar tem 75 anos e viajou de comboio de Londres até Lisboa para dizer que temos de ir mais devagar para chegar mais longe. A semana passada, este professor no Schumacher College, no Sul de Inglaterra, e director da revista Ressurgence esteve na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para falar do livro Small is Beautiful, de E. F. Shumacher. Na mala trouxe a inspiração da Natureza e das palavras de Mahatma Ghandi e Martin Luther King.
Acredita que a solução para a crise no mundo está no respeito pela Natureza, no amor e na confiança. Caminhou 13 mil quilómetros, sem dinheiro, numa das maiores peregrinações de sempre pela paz mundial.
- Quantas vezes já o chamaram naif ou irrealista?
- Muitas, muitas vezes. Políticos, presidentes de empresas, estudiosos, até jornalistas... (risos). Dizem-me que as minhas palavras são impossíveis e que sou demasiado inocente e idealista. Mas a minha resposta é: o que têm feito os realistas? O mundo tem sido governado por eles e hoje temos crise económica, crise ambiental, guerras no Afeganistão, Iraque e Líbia, pobreza. O nosso realismo não é sustentável. Pusemos um preço em tudo. A floresta tem preço, os rios, a terra, tudo se tornou uma mercadoria. Talvez tenha chegado a altura de os idealistas fazerem alguma coisa. Esta é a minha resposta. Se sou idealista, não faz mal. A sustentabilidade exige um bocadinho de idealismo, de inocência.
- Então qual a resposta de um idealista à crise actual?
- Esta não é uma crise económica, é uma crise do dinheiro. E o dinheiro é apenas uma ideia, um número no computador. Os realistas criaram este problema artificial e estão preocupados com a crise, voam pelo mundo, vão a Bruxelas, reúnemse com banqueiros. Mas a terra continua a produzir alimentos, as oliveiras a dar azeite, as vacas a dar leite e os seres humanos não perderam as suas capacidades. Eu diria, regressemos à Natureza. A Natureza tem a solução, dá-nos tudo o que precisamos, alimentos, roupas, casas, sapatos, amor, poesia, arte.
- Como se põe essa ideia nas mãos dos líderes políticos?
- Por exemplo, Portugal devia ter mais dos seus próprios alimentos, roupas, sapatos, mobília, tecnologia. A globalização da economia é um problema. Estamos a importar tantos produtos da China... Tudo isso se traduz em combustíveis fósseis para o transporte, com efeitos no clima. Além do mais, estamos a chegar a um pico do petróleo. Quando se esgotar o que faremos? A economia local deveria ser a verdadeira economia; a economia global seria como a fina cobertura de açúcar em cima de um bolo, com entre dez a 20% da economia.
- Mas em muitos casos é mais barato importar...
- Sim, mais barato em termos de dinheiro, mas não em termos de Ambiente porque não adicionamos todos os custos. Este é um desafio que lanço aos políticos, empresas, cientistas e jornalistas: o valor deve ser colocado no solo, nos animais, árvores e rios, nas pessoas, não no dinheiro. Se não o fizermos, dentro de cem anos teremos uma crise ainda maior. O dinheiro é apenas um bocado de papel ou de cartão, uma conta no banco. É uma medida da riqueza, como quando usamos uma fita métrica e dizemos que esta mesa tem dois metros de comprimento por um de largura. É da mesa que precisamos, mas para nós a fita métrica é mais importante. O dinheiro é útil, claro, mas é só isso.
- Parece uma ideia difícil de concretizar. Por onde começar?
- Mudando a forma de pensar. Podemos imprimir notas, criar dinheiro criando mais dívida. Mas se poluirmos os nossos rios e envenenarmos as nossas terras, não os podemos substituir. Devemos viver como peregrinos, não como turistas. O turista é egocêntrico, quer algo para ele próprio, bons hotéis, restaurantes e lojas. A sua atitude é a exigência, quer sempre mais e melhor. O hotel, o táxi ou o serviço não era bom o suficiente. O peregrino é humilde, deixa uma pegada leve na Terra, respeita a árvore e agradece-lhe pela sombra e frutos. A mente egocêntrica tem de mudar para respeitarmos a Natureza.
- Hoje conhecemos melhor as marcas dos automóveis do que os nomes das árvores...
- Exactamente. Por isso, antes de mais, precisamos trazer a Natureza para a cidade, promover uma literacia ecológica. Não conhecemos a Natureza porque a exilámos, temos medo dela. Não saímos de casa porque está demasiado frio, neve ou chuva. Precisamos de estar confortáveis, civilizados. Na verdade, somos demasiado civilizados... (risos). As pessoas das cidades, como Lisboa, precisam abrir o coração à vida selvagem, caminhar na Natureza. O fim-desemana devia ter três dias para que, pelo menos, um dia pudéssemos andar a pé no campo. Mas não de carro porque assim não se vê nada. Quando caminhamos vemos as flores, a erva, as borboletas, as abelhas. Vemos e experienciamos tudo, não é um conhecimento dos livros.
- Mas podemos estar na Natureza e não reconhecer a importância de uma borboleta ou de uma abelha.
- Não chega observar a Natureza como um objecto de estudo. Isso é uma separação muito dualista. Só valorizamos a Natureza se a experienciarmos, se nos tornarmos parte dela. A Natureza não está só lá fora, nas árvores, montanhas, rios e animais. Nós somos Natureza. E ela tem valor intrínseco. Falamos de direitos humanos, mas também precisamos de falar dos direitos da Natureza. Os rios têm o direito de se manterem limpos, as florestas têm o direito a permanecer de pé.
- Quando tinha quatro ou cinco anos, a sua mãe disse-lhe para começar a andar e aprender com a Natureza. Para nós será demasiado tarde?
- Tal como a minha mãe me ensinou a andar na Natureza, gostaria que o mesmo acontecesse na nossa sociedade. Devemos educar as nossas crianças no amor pela Natureza, aprendendo na Natureza e não sobre a Natureza, com livros e computadores. Gostaria de ver os pais a levar os filhos para a Natureza e a deixá-los subir às árvores, escalar montanhas e nadar nos rios. Para as crianças não é tarde de mais, estão prontas para isso. Talvez para os adultos seja tarde, até porque têm medo da Natureza. Mas até eles podem descobrir que passariam a estar mais inspirados, teriam mais poesia, música e arte. A nossa sociedade está a tornar-se demasiado banal e prosaica.
- Toda a sua vida caminhou. Qual foi a viagem mais importante?
- A mais importante caminhada, da Índia para a América [de 1962 a 1965], foi inspirada pelo filósofo britânico Bertrand Russell, que protestou contra as armas nucleares. Quando tinha 90 anos foi preso por isso. Uma manhã, tinha eu 25 anos, estava a beber café numa esplanada com um amigo e disse-lhe: "Aqui está um homem que, aos 90 anos, vai para a prisão pela paz no mundo. O que estamos, nós, jovens, a fazer aqui sentados a beber café?". Isso foi a inspiração. Eu e o meu amigo fomos aconselhados a partir sem dinheiro porque a paz vem da confiança e a raiz da guerra é o medo. Se queremos paz temos de ter confiança nas pessoas, na Natureza, no universo. Durante dois anos e meio caminhei 13 mil quilómetros sem qualquer dinheiro.
- E como o conseguiu?
- Fiquei em casa de pessoas que ia conhecendo. Quando não tinha dinheiro dizia que era a minha oportunidade para fazer jejum. Se não tinha um tecto, era a oportunidade para dormir sob as estrelas. Antes de partir, na Índia, disseram-me: "Vais a pé, sem dinheiro, podes não regressar". E respondi: "Se morrer enquanto caminhar pela paz isso será a melhor morte que poderei ter". Assim caminhei pelo Paquistão, Afeganistão, Irão, Azerbaijão, Arménia, Geórgia, Rússia, Bielorrússia, Polónia, Alemanha, Bélgica. Em França apanhei um barco, apoiado pelos habitantes de uma pequena localidade, e fui até Inglaterra, onde conheci Bertrand Russell. Ele ajudou com os bilhetes de barco para Nova Iorque. Daí caminhámos até Washington, onde conhecemos Martin Luther King. Foi uma demonstração de que podemos viver sem dinheiro e fazer a paz connosco, com as pessoas e com a Natureza. Neste momento, a Humanidade está em guerra com a Natureza, estamos a destruí-la. E seremos perdedores se vencermos. A menos que façamos a paz com a Natureza não poderá haver paz na Humanidade.
- O que mais o preocupa?
- A minha maior preocupação é que a Humanidade não acorde a tempo de resolver os desafios. Talvez estejamos demasiado obcecados com os nossos padrões de vida, com a dívida, o dinheiro. A sociedade industrial tem lutado pelo crescimento económico a todo o custo. Mas também tenho esperança na Humanidade, num despertar de consciências. Cada vez mais jovens me dizem que temos de cuidar da Terra e que o crescimento económico não é suficiente, precisamos de bemestar. Se as pessoas não estão bem, de que serve o crescimento económico? É um bom começo. Até porque há abundância na Natureza. Quantas azeitonas dá uma oliveira? De uma única semente, lançada à terra centenas de anos antes, obtemos milhões de azeitonas. Isso é a abundância e generosidade da Natureza.
- O alerta para a crise do Ambiente tem mais de meio século. E hoje o problema está longe do fim. É uma mensagem difícil?
- As grandes mudanças constroem-se lentamente. Quanto tempo demorou o apartheid a acabar? Nelson Mandela esteve preso 27 anos. Mas o apartheid acabou. O mesmo se passa com os direitos humanos. Quando estive com Martin Luther King, em 1964, os negros não tinham direito ao voto. Hoje temos um homem negro na Casa Branca. E quanto tempo demorou o muro de Berlim a cair? Muito tempo, uma luta longa. Não sabíamos quando o muro iria cair, quando o apartheid iria acabar. Não precisamos de saber. Estamos a construir um movimento ambiental e o momento vai chegar.
- De que precisamos para ser felizes?
- Aprender uma única palavra: celebração. Temos de celebrar a vida, a Natureza, a abundância humana. As pessoas não são felizes porque não têm tempo para celebrar. Estão sempre ocupadas, vivem demasiado depressa. Os maridos não têm tempo para as mulheres e as mulheres não têm tempo para os maridos. Os pais não têm tempo para os filhos. As pessoas não têm tempo para celebrar a Natureza. É preciso abrandar para chegar mais longe, apreciar o que temos em vez de o ignorar e querer mais. Temos muita roupa no armário, mas ignoramo-la e vamos comprar mais. O mundo tem o suficiente para as necessidades das pessoas, mas não para a sua ganância, disse Mahatma Ghandi. O universo é um grande presente para nós todos.
sábado, 24 de setembro de 2011
Sitting, writing, wishing
domingo, 28 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
The rainy days
domingo, 3 de julho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
No relax
quarta-feira, 25 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
On the verge of falling in love
domingo, 10 de abril de 2011
Cada porta fechada é uma janela aberta e trato agora de me imergir nas modernas formas de auto-construção emocional, audiovisuais, que são muito mais apelativas. E a Beggar's Hands, de Mazgani, anda por cá a animar o estado pós-Queima. Ainda bem que fiquei ontem.
quinta-feira, 31 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Menú turístico
domingo, 20 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
102 cms de mundo
quinta-feira, 10 de março de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
"São de veludo as palavras"
domingo, 9 de janeiro de 2011
A sério que vamos fazer uma campanha do medo?
Portanto, agora as campanhas políticas para um órgão com a importância da Presidência da República fazem-se com estereótipos e com a velha técnica do "ou é o que te dou ou é pior".
Propostas concretas: 0 - Medo:1