quarta-feira, 13 de abril de 2011

On the verge of falling in love

Há alturas em que o coração resolve comportar-se como uma criança mimada. Só faz o que lhe dá na veneta e nem dá sequer ouvidos à voz da razão. Aí, só me apetece mandá-lo embora. Dizer-lhe que sim senhor, tens sido competente e prestável no dia-a-dia mas nas alturas mais complicadas dás o berro, por isso, se não te importas, vai dar uma volta, tira umas férias, mas deixa-me da mão. Não ponhas os olhos a esticarem-se para descobrir uma particular silhueta entre muitas. Não ponhas os ouvidos a afinarem-se para um certo tipo de cumprimento brincalhão. Sobretudo, não ponhas o cérebro a juntar peças, que têm de estar separadas, com cola que não existe. E não desates aos saltos sempre que o vês. Tem modos, coração! Para que é que te servem 25 anos, afinal? Para que é que te serve o passado? Não aprendes nada? Não és de fiar, não. Vá, faz lá as tuas malinhas, vai ali às Caraíbas apanhar um bocado de sol, e deixa o cérebro tomar conta da tasca, sim? Agradecida.

domingo, 10 de abril de 2011

Começou pela voz suja. "Oh 'xôra, abra-me a porta que eu queria passa para a parte de trás..." e de caminho ficas por cá a fumar os teus charros, claro. E a vontade de me amaciar ao atirar-lhe com um "Vai-te f@$#& que é Domingo e quero dormir". Mas os neurónios espreguiçaram-se e não houve maneira de voltar ao filme onírico e levemente desconexo que estava projectar.

Cada porta fechada é uma janela aberta e trato agora de me imergir nas modernas formas de auto-construção emocional, audiovisuais, que são muito mais apelativas. E a Beggar's Hands, de Mazgani, anda por cá a animar o estado pós-Queima. Ainda bem que fiquei ontem.
 
/* Primary layout */