Há alturas em que gosto de pertencer a uma espécie que dá mostras de não ser tão embrutecida quanto à primeira vista possa parecer. Enjaulamo-nos em casas empilhadas umas em cima das outras, amassamo-nos em transportes publicamente comuns, lutamos por passar o carro que está à frente como pela prórpia vida, fazemos desporto popular de infernizar a vida do vizinho e raramente olhamos à volta, com olhos de ver para além das vistas curtas que nos auto-impomos.
E, ainda assim, de vez em quando aparecem pessoas que mostram uma maneira tão diferente, tão alternativa de pensar que chega a ser desconcertante. Que inicialmente ignoram o "porquê" para passarem ao mais urgente, e quiçá mais importante, "como". Que vêem potencial e futuro onde a grande maioria vê sujidade e desperdício de recursos. Que voam alto na incerteza e se atiram agarradas à própria vontade.
Acho que a Maria do Céu Conceição é uma dessas pessoas, e eu, como muitos outros presentes na Reitoria, tive a honra e o gosto de a ouvir pessoalmente falar do seu sonho meio realizado e dos 600 filhos bengaleses que tem. O que mais me impressionou foi, sem dúvida, o ter mostrado, sem margem para dúvidas, que arregaçar as mangas e meter mãos à obra produz resultados, efectivos, palpáveis, visíveis. E que as coisas podem funcionar assim mesmo, sem burocracias, sem falsas vontades de ajudar, sem feira de vaidades. Assim, só. Como ela fez. Impressionante.
Já agora, aqui fica o site do projecto para as crianças (em português) e para os pais delas, em Dhaka, Bangladesh, e o email: thecatalyst.org@gmail.com
Inspirador...
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário